Cadeia de suprimentos se adapta diante das incertezas do mercado

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A.P. Moller – Maersk/Divulgação

Atualmente, dentro das cadeias de suprimentos, as incertezas sobre o mercado continuam aumentando em todo o mundo e, nas últimas semanas, destacou-se o alto nível de estoque com o qual alguns varejistas estão lidando. Nesse contexto, A.P. Moller – Maersk oferece insights sobre o que está acontecendo no setor logístico, o efeito chicote na cadeia de suprimentos e formas de minimizar ou superar algumas das incertezas.

O mercado atual

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Os varejistas estão com os estoques sobrecarregados, com aumento de 40% no catálogo em relação ao ano passado. A demanda vem se recuperando lentamente, especialmente para produtos como mantimentos, beleza e cosméticos, itens essenciais para a casa e categorias sazonais como volta às aulas.

No entanto, os armazéns estão superlotados e, à medida que novos produtos chegam, os varejistas precisam traçar estratégias para escoar o estoque excedente, o que, por sua vez, impacta negativamente suas margens.

O setor de logística tem se esforçado para responder a interrupções na demanda e as empresas enfrentaram perdas de receita de itens fora de estoque e margens reduzidas de descontos em itens com excesso de estoque. No Brasil, a tecnologia blockchain tem sido a chave para ajudar os varejistas e consumidores a acompanharem seus produtos e entender um pouco melhor o cenário atual.

Efeito Chicote

Nos últimos anos, o mundo viu que se adaptar é crucial e a cadeia de suprimentos não é exceção. Os vendedores testemunharam mudanças na demanda, no estoque, no preço e nos hábitos dos consumidores; tudo isso de forma desproporcional e tornando a cadeia de suprimentos um mundo resiliente. Isso agora é chamado de efeito chicote e é mais comum no setor de logística, causando grandes atrasos.

O efeito chicote vem de picos e quedas repentinas na demanda. Muitos atores estão envolvidos na cadeia de suprimentos, abrindo oportunidades para reações desiguais à mudanças repentinas na demanda. Ineficiências, falhas de comunicação e atrasos entre várias partes causam essas interrupções, levando a uma reação ainda maior à medida que você tenta estabilizar a cadeia de suprimentos.

Omissão de portos e fechamentos de fábricas levaram os varejistas a antecipar as compras para estocar. Parte desse estoque ainda está acumulado em armazéns.

Algumas alternativas para minimizar o efeito chicote são:

  • Investigar e saber por que ocorrem mudanças na demanda e seu contexto.
  • Minimizar a complexidade na cadeia de suprimentos por meio de uma melhor comunicação que permite respostas fluidas e contínuas.
  • Entender e melhorar a visibilidade do inventário.
  • Reduzir os prazos de entrega: Automação e localização são duas soluções fundamentais para o fluxo de estoque em armazéns.

Essas ações não eliminarão o efeito chicote, mas vão minimizar os impactos. É impossível prever uma mudança no comportamento do cliente e seu impacto no mercado.

Tecnologia de Acompanhamento

Os principais portos da rede global continuam sob pressão, principalmente devido à recente pandemia e os impactos climáticos. Na América Latina, períodos como o inverno afetam a chegada dos navios em portos, como no Chile. No entanto, não vemos um grande impacto nas filas dos portos e existe uma melhora em relação aos portos de Itapoá e Buenos Aires, devido à alta utilização do terminal.

Em julho, no Brasil, por exemplo, o tempo de espera nos portos de Santos, Paranaguá e Itajaí eram de menos de um dia e no de Itapoá de um a três dias, e essas informações e controles podem ser conseguidas por todos os usuários e colaboradores da cadeia logística com o uso do Blockchain.

A Maersk em colaboração com a IBM desenvolveu uma solução baseada em blockchain chamada TradeLens que reúne todas as informações para a cadeia de suprimentos, incluindo proprietários, fornecedores, portos, terminais, transportadoras, alfândegas e demais informações em uma única e segura plataforma, proporcionando aos clientes e colaboradores uma visibilidade de tempo real, conhecimento de todo o processo e segurança, a fim de tornar os armazéns mais eficientes, ágeis e rentáveis possível.

Fonte: Defesa em Foco