Nomeado para o cargo na gestão da ex-presidente Dilma Roussef, o atual dirigente da Nuclep, Carlos Henrique Seixas virou referência na gestão pública, sendo destaque em feiras internacionais, recebendo diversos prêmios e certificações. Mas o caminho não foi fácil, houve um longo processo de recuperação financeira e comercial da empresa, que estava praticamente falida, sendo reerguida graças ao trabalho intenso de sua equipe e na defesa da companhia contra o processo de privatização.
Para dirigir uma empresa desse porte, não pode ser qualquer pessoa. Tudo que envolve segredos de Tecnologia e de Defesa, precisa do sigilo absoluto. Para titularidade de uma estatal estratégica, é preciso ter uma gestão reconhecida, de confiança dos clientes, experiência e know how comprovados. Além disso, a empresa tem uma enorme responsabilidade geopolítica regional, por ser a empresa responsável pela construção do primeiro Submarino de Propulsão Nuclear da América Latina.
Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.
A escolha realizada pela gestão da Presidente Dilma Rousseff perpetuou com sucesso a frente da NUCLEP. O Programa de Submarinos da Marinha do Brasil, lançado pelo presidente Lula, já tinha a previsão de construção dos quatro submarinos convencionais e um Submarino de Propulsão Nuclear, que requer informações classificadas de Defesa e Nuclear. Dessa forma, a nomeação do Almirante pela presidente Dilma teve caráter técnico vinculado à Marinha. Esse submarino nos tornará uma das seis únicas nações do mundo a ter um equipamento de Defesa desse porte e tecnologia estivesse sempre alinhado às diretrizes do ProSub e do Programa Nuclear da Marinha do Brasil.
A Nuclep tem hoje, em sua carteira de negócios, um faturamento previsto para 2023, no valor de 95 Milhões, em 2024, um faturamento de 105 Milhões, considerando somente os contratos já assinados. Em seu piso fabril, há obras em andamento que atendem a todos os segmentos que atua: Nuclear, Defesa, Energia, e Óleo e Gás.

Mesmo com tantas conquistas, tendo conseguindo reverter o antigo cenário de aparelhamento político e caixa deficitário, durante o governo do ex-presidente Bolsonaro, a empresa foi incluída no Programa Nacional de Desestatização, criando uma ampla discussão de como a empresa responsável pelo Programa Nuclear Brasileiro seria passada para a iniciativa privada. Desde então o dirigente Carlos Henrique Seixas foi à Câmara dos Deputados explicar a importância da Nuclep para o país, a sua atuação no Programa de Submarinos da Marinha (PROSUB), na produção de torres de energia e como a maior caldeiraria pesada do Brasil, produzindo equipamentos para as usinas de Angra e para as plataformas de petróleo.
O presidente da estatal lembra ainda da importância dos funcionários da NUCLEP. Sempre investimos na qualificação da mão de obra da empresa, para a manutenção dos equipamentos estratégicos por ela fabricados às Usinas nucleares de Angra dos Reis. E ratifica a importância do entendimento de que o submarino de propulsão nuclear brasileiro é um desenvolvimento totalmente nacional, envolvendo muitos segredos e informações classificadas: “A Nuclep é a única companhia no país capaz de construir equipamentos nucleares, desde o vaso do reator do SN-BR aos Acumuladores e Trocadores de Calor de Angra 3”, afirmou Seixas.
Fonte: Defesa em Foco